Recentemente estava assistindo novamente ao trailer do Project Natal da Microsoft. Se você não conhece, veja o vídeo primeiro:



Não é demais? Você pode ficar horas e horas lutando contra um adversário virtual (o Star Wars Kid vai adorar!), atuar como mecânico (um emprego dos sonhos... nem precisará de diploma!), jogar futebol dentro da sala, ver pela TV que você não cabe mais em um vestido (e transmitir para todos seus amigos!), participar do Show do Milhão e continuar sendo um Dalit, etc. As opções são infinitas.

Alias, o slogan também é ótimo: “The only Experience you need is life experience”, ou seja, a única experiência que você precisa é a experiência da vida. Que profundo! Então vamos desligar a TV e sair para passear.

Graças a este anúncio durante a E3 deste ano, a Microsoft conseguiu uma bela repercussão. Tornar possível controlar os jogos apenas com o movimento do corpo, sem precisar segurar nenhum objeto, foi uma estratégia não apenas boa como uma bela cutucada na empresa nipônica Nintendo.

Boa porque com esta forma de interação mais intuitiva eles conseguirão atingir um público bem maior. Ao contrário do console do Mário, o Xbox possui um público fundamentalmente Hardcore (expressão comum usada para jogadores de vídeo-game mais experientes). Isso fica bem claro pelas listas de jogos a serem lançados. Se, como foi mostrado no vídeo, forem produzidos jogos para toda família, eles conseguirão expandir a base de usuários. Com isso, a Microsoft ataca a Nintendo, sua concorrente mais direta, em seus dois pontos chaves: controle inovador e público alvo ampliado.

Quando o Nintendo Wii foi anunciado, nem todos colocavam a mão no fogo por ele. Parecia uma boa idéia, mas a dúvida era: será que um controle inovador seria suficiente para bater de frente com dois outros consoles com poder de hardware muito superior? E não é que o Davi venceu os gigantes! Digo mais: com grande estilo.

Eu já tinha falado em um post passado, as empresas, se quiserem sobreviver, têm que investir em interfaces simples e inovadoras. Acreditar que já está tudo muito bom, não cola mais (a Xerox aprendeu isso da pior forma possível). Mesmo que acabe não dando certo, o importante é arriscar (nossa... parece que estou falando de poker). Existem várias propostas interessantes surgindo: seja com Realidade Aumentada, controle através da mente (alias, se realmente a Nintendo conseguisse lançar um Wii 2.0 controlado pela mente, como sugere a matéria, seria uma bela resposta contra o Project Natal) ou até uma versão maluca do Stephen Colbert.

Agora, é esperar para ver... ou melhor, jogar!