Veja meus artigos destacados:

29 de maio de 2009

Ontem, durante uma palestra na minha faculdade sobre Computação Ubíqua, foi exibido o vídeo abaixo. Durante a conferência Wharton Business Technology 2009, a Microsoft fez uma pequena demonstração sobre como ela imagina que será o mundo em 2019.



O que achou? Exagerado? Meu professor de Computação e Sociedade (um visionário!) ficou super animado! Para ele é possível. Eu achei interessante, porém, existe um grande exagero na quantidade de interfaces pelos cenários. O preço destas novas tecnologias teria que cair muito para chegar neste ponto.

Aproveitando, fizeram uma paródia sobre esta visão da Microsoft. Você pode acessar aqui.

25 de maio de 2009

Nesta última segunda-feira, Eric Schmidt, CEO do Google, fez um discurso na Universidade da Pensilvânia que acabou ganhando grande repercussão em todo o mundo. Ele pediu, aos alunos formandos, que se desligassem do mundo virtual e começarem a aproveitar mais o tempo com as boas coisas da vida.

Desliguem seu computador. Está na hora de vocês desligarem o telefone e descobrir tudo o que é humano ao nosso redor... Não há nada melhor do que segurar a mão do seu neto quando ele está dando os primeiros passos.

A declaração conquistou uma grande divulgação. Afinal, este é um ponto de vista que não é muito lembrado pelos grandes nomes da tecnologia. Suas vidas ganharam importância graças aos seus desenvolvimentos no âmbito virtual. Quando estes são chamados para uma palestra, não se espera que toquem em assuntos “reais”. Digo mais: é um pensamento que vai na contramão dos preceitos capitalistas. Existe uma necessidade quase doentia de se manter atualizado.

Já tinha comentado em um dos últimos posts sobre meu espanto com a velocidade da informação. Tudo muda muito rápido. Como ficar por dentro de todo este cenário constantemente? Ou melhor, até que ponto é fundamental se atualizar segundo a segundo?

Na terça-feira, ocorreu uma boa discussão do Debate MTV (o vídeo do programa pode ser assistido aqui) sobre a possibilidade do fim da mídia impressa. Em um dos pontos da conversa, eles citaram um perfil de leitor de jornal: aquele que está interessado na informação mas não faz questão que seja instantânea (mesmo que esteja um pouco defasado, a cobertura tende a ser mais completa). Bem, que existem pessoas assim, não tenho dúvida. Mas não é a tendência da maioria.

O Carlos Cardoso fez um comentário muito interessante no Nerdcast sobre Twitter. Precisa-se de tempo para preparar um bom artigo. Até ele postar no blog, já será notícia velha no Twitter. Este caso exemplifica bem este outro tipo de leitor. Aquele que está interessado na novidade (vindo esta de qualquer aparelho).

Mas voltemos ao assunto inicial, será que a dica do Schmidt pode ser analisada de um ponto de vista mais profundo? O fato de deixar a tecnologia de lado por alguns momentos, além de trazer bons resultados emocionais e físicos, também poderia ser encarado como de fundamental importância para o ser humano?

Uma área de estudo da ciência que ainda não está completamente fundamentada é a do sono. Por que precisamos dormir afinal? Para muitos cientistas, nós precisamos descansar para fixar em nosso cérebro as informações que são absorvidas durante o dia. Se até o nosso corpo tem a necessidade de se desconectar do mundo real, por que não fazer a comparação com o virtual? Toda a avalanche de informações precisa ser assimilada. Fazer uma pausa para isso é uma boa solução.


Na edição de Abril da revista Super Interessante, existe uma ótima matéria sobre o processo de funcionamento da memória. Um exemplo me chamou a atenção. Quando tentamos, mas não conseguimos, lembrar, por exemplo, de um nome de uma pessoa, a melhor solução a se fazer é: nada! Depois de certo tempo, a informação tende a vir naturalmente. O poder de armazenamento do cérebro humano é surpreendente. O problema é a velocidade de troca de informação entre os neurônios.

Como não somos robôs (ainda bem!), resta-nos aprender a tratar nosso amigo pensante com cuidado. Fazer uma caminhada ao ar livre com o celular desligado pode até parecer absurdo para alguns. Mas será mesmo esta hipótese inaceitável? Segundo Carol Vigna-Maru, em uma de suas participações no ótimo Fala Freela!, é possível para muitas profissões. Vale a pena fazer um esforço.

É tudo uma questão de tentar se adequar. No final das contas, aquela famosa frase pode ganhar um novo sentido: “A ignorância é uma benção”.

17 de maio de 2009

Lendo o Tech Crunch, eu acabei encontrando a história do Sockington. Vocês o conhece? Não? Ele ganhou grande respeito e atenção na internet. Neste momento em que escrevo este post, cerca de 500.000 pessoas estão atentas aos seus comentários no Twitter. Para conseguir tamanha quantidade de seguidores, ou você é uma celebridade hollywoodiana ou um personagem fake de um. Neste caso, ele é um personagem falso sim, mas de um gato.

Jason Scott, o dono do gato, criou o perfil inspirado no seu felino de estimação e começou a twittar com a perspectiva do gato. Não existe nenhuma mensagem relevante (assim como os “grandes” da lista do Twitter). Mas, pela impressionante quantidade de seguidores, dá para ver que deu certo. Alias, conseguiu atingir esta marca com apenas três meses!

Já dizia o velho ditado: “Aonde a vaca vai, o boi vai atrás”. Neste caso, vários gatinhos começaram a surgir e segui-lo (alguém ainda tem dúvida da orkutização do Twitter?) . Olhando a página principal do Twitter do Sockington, dá para ver que ele está “acompanhando” o que vários outros gatos estão postando. Vixi... eu sei, é muita loucura para mim também.

Mas isso não é exclusividade dos felinos. Papagaios, cavalos, cachorros e todas as espécies de animais estão ligadas na inclusão digital (alias, vale lembrar que alguns twittam melhor do que muita gente).
Mas qual é a razão das pessoas criarem uma versão Second Life para seus animais? E o pior, encarnar este personagem! Na minha cabeça só vem uma coisa: elas não os encaram como simples animais de estimação, mas como gente também. Pessoas que possuem necessidades especiais (estou falando dos animais!). Já reparou como algumas donas conversam com seus cachorros? “oi meu nenêzinho fofinho! Qué comidinha? Qué?”. Já que a acessibilidade na internet não chegou neste nível, elas estão dando uma ajudazinha.

Esta é a parte que mais estranha para mim. Se não bastasse as Redes Sociais para animais (sim! Já existe espaço na web só para eles), os donos sentam na frente dos seus computadores para ficar imaginando o que seus bichinhos estariam pensando! Olha... sinceramente, é muita loucura pra minha cabeça. Agora, mais do que nunca, venho a concordar com a frase do Paulo Duarte (agora em um contexto mais ampliado): "Twitter é o hospício da internet: você fala sozinho e não se assusta quando alguém responde".


Ilustrações: Tech Crunch, Terra tecnologia, Contraditorium, Pet Rede

13 de maio de 2009

No mesmo dia em que postei meu último artigo, ao anoitecer, fui dar uma olhada no blog do Tiago Dória. Para minha surpresa, tinha um post com o seguinte título: Fim do “geoblocking nos vídeos?. Segundo o Financial Times, o Hulu está finalmente negociando o acesso para fora dos Estados Unidos. O texto também cita um exemplo do conteúdo premium do Youtube que ainda não existe por aqui. Muito bom o artigo. Fica a sugestão de leitura complementar ao tema.

A quantidade de notícias sobre tecnologia (e sua velocidade de atualização) constantemente me surpreende.

11 de maio de 2009


Esta imagem acima está ficando cada vez mais normal para os usuários brasileiros. Vários sites americanos têm bloqueado o acesso a seus vídeos de visitantes de certos países. Alguns utilizam a técnica de bloquear apenas quando se ultrapassa certa quantidade de visitas (como o caso do Justin.tv), já outros bloqueiam por completo (como o Hulu). Bloquear o acesso completo é fácil, mas será que estes sites estão agindo de forma correta? Não apenas para os visitantes, mas para si próprio.

Uma questão a ser discutida: Que tipo de conteúdo deve ser bloqueado? Canais como o da rede de Televisão ABC, possuem um player de vídeo transmitindo toda sua programação (apenas para os Estados Unidos). Seria até de certa forma racional pensar no bloqueio de certas atrações produzidas pelo canal (ex: séries e documentários). Afinal, eles querem vender o direito de transmissão para os demais países. Mas, será que TODO o conteúdo tem o mesmo potencial de exportação? Um telejornal, por exemplo.

Se por um lado existem vários talk shows bloqueados aos brasileiros (Jay Leno, Jimmy Kimmel, David Letterman, etc...) , existem algumas poucas (e gratas) exceções. Para exemplificar, cito os ótimos The Daily Show, do John Stewart, e The Colbert Report, do Stephen Colbert, ambos do Comedy Central. Com transmissão livre, via streaming, é possível acompanhar todos os programas completos. Além do fato dos dois apresentadores terem muito talento e desenvolverem um ótimo modelo de programa (aprenda com eles Jô!), eles tem conseguido boas atenções de alguns internautas brasileiros.


Outra questão: Qual foi a finalidade inicial de criar um canal de exibição na internet? Teoricamente, para atender a um certo público que não tem acesso a um TV, em um dado momento, seja lá qual for a razão. Restringir esta finalidade apenas aos habitantes que estão no próprio país, não faz sentido. Por exemplo, uma família americana vem passar suas férias no Rio de Janeiro, não seria conveniente ter a possibilidade de continuar a assistir seus programas favoritos?

Voltando ao ponto mais complicado desta discussão: os programas com potencial de venda. Se existe uma ferramenta que os canais devem agradecer é a internet. Em qual outra circunstância o mundo inteiro assistiria a um trecho do programa de auditório britânico Britains Got Talent (que revelou Susan Boyle)?

O seriado americano 24 Horas só se tornou o sucesso que é hoje graças ao boca a boca da internet. Existem séries, como Heroes e Prision Break, que possuem níveis relativamente baixos de audiência na TV, mas continuam na ativa pelo grande nome que adquiriram mundialmente.

Pessoas influentes também reconhecem:

  • O diretor J. J. Abrams (criador do seriado Lost e responsável pelo maior sucesso do cinema no momento: Star Trek) já reconheceu que o sucesso de suas produções se devem também as distribuições não autorizadas pela internet.
  • Trey Parker e Matt Stone, criadores do desenho South Park, também entenderam o novo mercado da internet e colocaram no ar um site com todos os episódios da série. Com direito a cenas de bastidores!

Diante de tudo o que foi exposto, fica a dúvida: o mundo está mudando tão rápido que os criadores não estão conseguindo acompanhar? Existem modelos tradicionais que já não funcionam mais. Veja o caso da música. Se por um lado existem pessoas visionárias com o modelo Myspace, temos de outro lado gravadoras tentando desenvolver novos sistemas de bloqueios contra pirataria. O cenário musical nunca mais retornará a era do disco!

A televisão também vive um cenário assim. Perdendo telespectadores, ela tenta buscar novos usuários na internet. Isso é bom. Mas existem alguns problemas de metas. Se ela leva o seu produto para a web é para ganhar relevância, destaque e um público diversificado. Então porque do bloqueio? Imagine o quanto eles poderiam maximizar sua renda de propaganda em seus sites. Os internautas não precisariam procurar por alternativas como proxys e torrents.

Acho que os internautas só irão começar a encarar com seriedade estes sites a partir do momento que eles nos tratarem com o devido respeito.

8 de maio de 2009

Hoje a tarde estava fazendo a transferência do blog para o novo layout. Boa parte já está ajustada. Mas tem alguns detalhes que ainda não consegui corrigir ou implementar. Desculpe por prováveis transtornos. Peço que não liguem para a casa bagunçada. Até amanhã tudo estará em ordem!

1 de maio de 2009

Quarta li uma notícia na Folha Online que me chamou a atenção. Segundo a notícia, mais de 60% dos usuários "largam" o Twitter depois de um mês. David Martin, do Instituto Nielsen Online, diz: “O Twitter tem obtido um bom desempenho nos últimos meses, mas não será capaz de sustentar seu crescimento meteórico sem estabelecer um alto nível de fidelidade por parte dos usuários”.

Estava pensando sobre a razão deste número tão alto de desistência. Cheguei a estas cinco razões:

  1. O Twitter não é um serviço tão simples assim: Lembro muito bem de quando ouvi falar pela primeira vez deste site. Na época, a proposta ainda era: “diga o que você está fazendo”. Não fazia muito sentido para mim. Mesmo com a mudança da proposta do serviço, a visão para quem entra ainda é bem estranha. A simpatia não é instantânea, como acontece em outros sites.
  2. Onde estão os amigos?: Não sei se é só comigo, mas tenho dificuldade de encontrar pessoas conhecidas no Twitter (é claro, minha cidade ainda está na era do Orkut). É irreal comparar a base de usuários do serviço do Google com as demais redes sociais. Este pode ser um fator de dispersão de usuários. Não deveria ser. Conhecendo melhor o Twitter, entendemos que, assim como blogs, estamos lá para conhecer opiniões de pessoas que não conhecemos. Aumentar a rede de relacionamentos. Mas até chegar nesta conclusão...
  3. Postando mensagens e ninguém para ler: Adicionado ao fato acima citado, temos ainda um certo constrangimento ao escrever nossos twitts no início. Existem poucas pessoas para ler. A sensação de estar escrevendo e que ninguém lerá, não é fácil (todos os blogueiros já passaram por isso).
  4. A mentalidade do Twitter 1.0: Não é todo mundo que tem habilidade com as palavras. A forma de comunicação no Twitter é diferente da utilizada em redes sociais como Myspace e Facebook. As mensagens mais comentadas exigem, geralmente, uma boa articulação de idéias.
  5. A diferença entre RSS e Twitter: Algumas pessoas da faculdade utilizam o serviço apenas para ler as mensagens das pessoas que seguem. Tudo bem, reconheço que também já cometi este erro. Para exemplificar isso, imagine-se sentado em um bar com seus amigos e você apenas ouvindo tudo o que eles estão falando, sem interagir, sem opinar. Não tem a menor graça! Digo mais: O elemento “tempo” das mensagens do twitter não combina agregadores de feeds. Explico: As mensagens do serviço de microblogging possuem característica de expressar o que está acontecendo agora (não que seja uma lei universal, mas é a tendência). Algumas mensagens não farão o menor sentido se forem lidas horas depois.
Existe alguma forma de retirar estas barreiras aos usuários novatos? Sinceramente, não sei. Tudo é uma questão de se acostumar. Depende de insistência mesmo e, logo após um tempo, você simplesmente veste a camisa do site.
Imagem: via Tiago Dória