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21 de novembro de 2010

Eu não tenho costume de ler história em quadrinho. Minhas experiências principais estão presas no passado com os gibis do Maurício de Souza. Porém recentemente tenho adquirido certa curiosidade sobre alguns exemplares de procedência americana. Principalmente sobre certas temáticas mais adultas, com seus textos bem trabalhos. Atualmente estou lendo a série Transmetropolitan, distribuída no Brasil pela Panini. Aliás, a primeira edição está disponível gratuitamente no site da editora.


A revista conta a história de Spider Jerusalém, um jornalista político nada convencional. Com uma linguagem ácida, com constantes referências a sexo, drogas e armas, ele narra a situação caótica do mundo futurista. São abordados vários assuntos: segregação de grupos sociais, proliferação do consumo de entorpecentes, criogenia humana, desmaterialização do corpo... Um prato cheio para amantes de ficção científica. Recomendo. Um dos temas que mais me atrai é a distribuição das notícias.

Existem várias formas de transmissão, algumas bem exóticas, como a do “gás de informação”. Porém vou me prender a uma estética mais simples, chamada de Amfeed. Seria uma espécie de sistema personalizado de notícias. Um computador central da casa capta os comandos, por voz, do usuário e este projeta as informações no ambiente, por todos os lados. Mesmo a revista possuindo representação estática, os desenhos reproduzem muito bem a bagunça gerada através das várias projeções, com constantes alterações, sobre o cenário. Chega a ser desorientador para nós leitores. Sem deixar de ser fascinante.

Por mais que a revista tenha sido escrita em 1997, ela representa muito bem esta sede por informação que já estamos começando a viver. A computação ubíqua, representada pela fragmentação do computador nos mais variados tipos de aparelhos, tem facilitado a distribuição dos dados. Smartphones e tablets são grandes exemplos desta situação. Conexão constante, em qualquer lugar.

Outra característica também presente na obra de ficção é a integração da TV com os recursos da internet. Agora, mais do que nunca, vários casos estão surgindo e provando que deve ser uma grande tendência nos anos seguintes. O Kinect, da Microsoft, tornou real o controle por voz e gestos. O Google TV apresenta os primeiros passos na integração dos vídeos online diretamente para os televisores principais das casas. Até o a TV Digital brasileira está dando seus primeiros passos no quesito interatividade. No vídeo seguinte, uma nova tecnologia foi apresentada na qual o aparelho televisor analisa o comportamento do usuário. Sim! Agora, elas nos assistirão!



Interessante ver vários conceitos apresentados na revista tornando-se realidade. O mundo da ficção já foi base de muita invenção. Por mais absurda que sejam alguma das idéias, ninguém pode afirmar que elas nunca existirão. O importante é a liberdade de sonhar e imaginar.

20 de novembro de 2010

Que saudade de escrever para o blog! Nestes últimos meses, minhas energias estavam focadas nos trabalhos finais de graduação. Impressionante como o último semestre está complicado. Porém, se tudo der certo, todo o esforço será convertido em um belo diploma no fim do ano! Veremos.

O objetivo desta postagem é apresentá-los a meu TCC. Consegui juntar dois temas interessantes e produzi um jogo conceitual em duas versões: uma bidimensional e outra tridimensional. Seu nome é Slidetrix. Para a perspectiva planar, escolhi usar o sistema Android, do Google, que recentemente está sendo usado em vários smartphones e tablets. Foi uma ótima experiência conhecer este ambiente: possui um bom kit de desenvolvimento, comunidade online ativa e uma expectativa de grande crescimento no mercado.


Já a versão 3D pode ser jogada através dos navegadores de internet padrões. O diferencial está no uso de técnicas de Realidade Aumentada para criar uma forma diferenciada de interação. A ferramenta FlartoolKit foi fundamental para tornar o projeto viável. Devido ao baixo número de fontes em português sobre o assunto, foi decidido pela liberação do código fonte para que estudantes interessados possam conhecer o funcionamento de uma aplicação como esta.


O jogo Slidetrix em Realidade Aumentada está disponível através do site: http://ckirner.com/jogos/slidetrix. Comentários e sugestões são sempre bem vindos.

19 de julho de 2010

No ano passado, eu já tinha feito um post analisando o envolvimento dos candidatos a presidência da república com as mídias sociais. Se na época os políticos não estavam bem preparados, agora as coisas melhoraram um pouco. Sim, porém, tem muita coisa sendo feita errada ainda.

Nesta segunda-feira, o blog do Alex Primo exibiu o ótimo trabalho de monografia de Carolina Janovik. Até o momento, apenas a análise sobre a campanha da Dilma Rousseff tinha ido ao ar. Vale a pena dar uma lida no artigo. Com tantos erros estratégicos, não é de estranhar a afirmação dada ontem, no blog da Dilma, que a principal ferramenta de divulgação ainda será a televisão.

O que me motivou a escrever esta postagem foi outro motivo. Segundo o blog da Marina Silva, no dia de hoje (20/07/2010) está programado um “twitaço” (um nome horrível para Flash Mob no Twitter) com objetivo de promover a campanha da candidata acreana. A hashtag #euvotomarina, teoricamente, permitirá aos seus eleitores externarem a razão pela escolha de Marina.

No momento em que estou escrevendo este texto (02:00), dez horas antes do inicio da ação, já é possível acompanhar um grande movimento no Search Twitter com esta expressão. Será uma previsão de um grande sucesso da ação? Na verdade não.

O grande número de twitts replicados, mensagens sem sentido e perfis zumbis (criados por script) só deixam claro uma coisa: está tudo errado! Ainda por cima o texto informativo do blog da candidata, diz que um dos objetivos é “fazer barulho”...

Aliás, a maluquice não fica restrita aos devotos fantasmas do Partido Verde. Veja este exemplo: o perfil @Da20Andeiro, que incansavelmente “grita” as mesmas frases de revolta sobre a atual situação (no nível daquela música da cantora Gil), repassará todo o seu apoio seus únicos 4 seguidores. Sendo que, um dos perfis alvos desta chuva de mensagem possui o Nick @querodilma13. Sim, ligado ao partido do governo.

É triste ver tamanha falta de preparação pelo comitê de campanha dos candidatos presidenciáveis. Considerando a verba anunciada, eu esperava um preparo maior. Ouvindo e incorporando idéias. Tomando cuidado sobre o que é dito. Usando outras formas didáticas para explicar seus planos de ação. Enfim, uma campanha inteligente, para eleitores inteligentes. Não para zumbis.

22 de abril de 2010


No exato em que você está lendo este artigo, alguém, em algum lugar do mundo, deve estar lançando algum site/aplicativo/programa que possui algum nível de inovação. Ao mesmo tempo, outra pessoa deve estar conhecendo este produto e fazendo planejamentos para utilizá-lo para fins ilícitos. Não adianta, o ser humano é assim mesmo. A maldade varia conforme o olhar. Não é Alfred Nobel?

O mundo online, que passa a sensação de sermos invisíveis, faz surgir com mais intensidade o desejo por seguir o caminho errado. Os exemplos são os mais variados: os spammers oferecendo prêmios fictícios, os pedófilos em salas de bate-papo, os pervertidos do ChatRoulett, os cavalos de tróia espalhados em jogos inofensivos, etc.

Por esta razão, desenvolvedores de aplicações precisam fazer um bom estudo sobre seu produto. Tentando evitar, da melhor forma possível, possíveis desvios de foco. A segurança dos consumidores é fundamental.

Dias atrás, eu estava lendo uma avaliação sobre um aplicativo para iPhone chamado Urban Signals. Basicamente, o software tem o seguinte objetivo: Você cria um perfil no site do produto, envia uma foto e define seus interesses. Feito isso, você já pode verificar na tela uma espécie de radar: através do GPS, ele mostrará outros usuários próximos de você que estão usando o produto. Caso se interesse pela pessoa, pode ser iniciada uma conversa e, quem sabe, marcar um encontro.


Traduzindo: um blind date mobile.

A idéia passa longe de ser original. Existem muitos casos que já se utilizaram desta técnica. Se de um lado este aplicativo permite algumas possibilidades interessantes de interação (encontrar amigos por perto, por exemplo), muitos golpes podem ser praticados. Pense bem: Uma foto sedutora, marca-se um encontro em uma rua estratégica e ZAZ! Restará apenas um boletim de ocorrência.

Quando temos a junção do desejo por conhecer pessoas desconhecidas com a necessidade de portar um equipamento caro junto de si, temos uma situação que demanda muita sabedoria por parte do proprietário. Somando ao aumento de notícias de roubos de celulares (nas grandes capitais, principalmente), esta pode ser um perigo real.

Portanto, que este texto sirva como alerta. Toda interação das redes sociais são benéficas se agidas com sabedoria. Nunca se sabe que tipo de usuário estará do outro lado.

12 de abril de 2010


Dias atrás, eu estava assistindo ao filme Hardwired. A trama do filme até prometia: após um acidente, Cuba Gooding Jr acorda em um hospital. Ele não se lembra de nada. Inclusive de quem é. Para completar, ele começa a ter algumas visões. Logo descobrimos que foi implantado um chip em seu cérebro, tendo como objetivo, exibir campanhas publicitárias, em Realidade Aumentada, direcionada especificamente para ele.

Como o tema é de meu interesse, fiquei animado, afinal, este é o tema de meu TCC na universidade (sobre Realidade Aumentada, não implante de chips!). Gostei também da idéia do filme em criar uma cidade totalmente dominada por empresas, tentando a qualquer custo conquistar os clientes. É uma pena que o desenvolvimento do roteiro ser fraco. Algumas justificativas para os atos foram dignas de Tião Gavião.

Outra coisa que incomodou foi o excesso de Product Placement (se é que eu posso usar esta definição). Logomarcas espalhadas em todos os cantos da cidade... isso já temos. Agora, em alguns locais inusitados, eu não entendi. Não convenceu ver propaganda da Playboy na Estátua da Liberdade e de Gatorade no Taj Mahal! (Sério! Procurei mas não encontrei fotos para ilustrar este post).

Se não bastasse tudo isso, os produtores resolvem escalar o péssimo Val Kilmer como vilão do filme. Ao contrário da Sandra Bullock, suas honrosas nomeações ao Framboesa de Ouro são dignas. Eis uma imagem de seu personagem (que estranhamente não tem nenhuma semelhança com o divulgado na capa do filme).


Deixando a parte ruim de lado, alguns itens ficaram faltando e outros poderiam ser discutidos com mais ênfase: propaganda direcionada, diferentes formas de exibição e integração com a Realidade Aumentada... mas, acima de tudo, o ponto chave: privacidade.

O estupro de colocar um chip no pescoço de alguém geraria reações revoltosas. Muito mais intensa do que a apresentada. É diferente de, por exemplo, tomar, espontaneamente, uma pílula vermelha com o objetivo de rastrear sua rede neural.

No filme, todo debate sobre o assunto foi simplesmente reprimido com a adição de um recurso: diante de reações não aceitáveis por parte da cobaia, era possível ativar uma espécie de arma imobilizadora. Poxa! Se não bastasse a cenoura presa na vara de pescar, tinha que colocar rédea também? Cruel! Muito cruel!

A adição deste recurso, além de apelativa, gerou espaço para grandes furos com o passar do filme. Seria muito mais interessante mostrar a repercussão, por parte da mídia, após a revelação dos tais implantes. Mas, infelizmente, este não foi o rumo tomado. O resultado: as notas dos críticos dizem por si só.

20 de janeiro de 2010


Indiscutivelmente, um dos produtos mais comentados nesta última CES (Consumer Electronics Show) foi o leitor de e-books. Uma invasão dos mais variados modelos, cores e recursos. Todos interessados em entrar nesta fatia de mercado que a pouco tempo está sendo explorada. Esta busca se justifica pelos números anunciados deste setor: segundo a Amazon, neste último natal a venda de livros digitais superou, pela primeira vez, a dos exemplares impressos. Alias, no mesmo relatório, foi declarado que o Kindle passou a ser o presente mais popular da história da Amazon.

Seja pela queda dos preços nos leitores, grande espaço de armazenamento, melhora da bateria ou pelo sistema proprietário Wi-fi de venda, a verdade é que este parece ser um setor de grande futuro. Pode até não ter espaço para todas as empresas ingressantes, mas é fato que podemos estar diante de uma mudança de comportamento.

A pergunta é sempre a mesma: os leitores de e-books podem tornar obsoletos os livros impressos? Por mais que a pessoas gostem das novidades tecnológicas, a grande maioria dos comentários que encontro na internet é sempre declarando amor eterno ao papel. Flávia Denise de Magalhães, do blog Livro Livre, fez até a interessante postagem “10 razões porque prefiro ler no papel”.

Eu concordo com ela. Afinal, somos de uma geração que o papel foi fundamental para o ensino, cultura e diversão. Desde a infância: com os gibis da Turma da Mônica, os álbuns de figurinha do Ping-Pong, os livros da série Vaga-lume, livros de colorir, etc. Pesquisar na enciclopédia Barsa ou ir à biblioteca para fazer um trabalho da escola era a única forma disponível. Comprar um jornal na banca era a melhor forma de se estar “atualizado” e não apenas informado. Porém os tempos são outros.

Sucessos de vendas, como o da série Harry Potter, ou o ressurgimento de muitas franquias de quadrinhos (graças aos sucessos hollywoodianos) não são exemplos suficientes para que acreditemos que o futuro do meio impresso permaneça no interesse das novas gerações. A tecnologia ganhou campo como nunca antes. Agora, presente para criança de sete anos é um celular, o mouse serve perfeitamente como novos pincéis em programas infantis de colorir e, quem diria, a única coisa a se colecionar agora são pokemons nos portáteis da Nintendo.

Para uma geração que está acostumada com tudo isso, o uso dos leitores de e-books é mais do que natural. Logo, a substituição poderia sim ser possível. Conforme a própria Flávia indicou no texto acima, para os leitores que tiverem saudade do cheiro de livro novo existe até lata de aerossol para este propósito. Alias, eu quero um!

A partir da idéia que os novos leitores não se incomodariam com o uso deste gadget, a queda do preço dos livros, diminuição de desmatamento e gasto com transporte, tudo isso poderia gerar um cenário até melhor.

O mais importante de tudo é: acima de comodidades e sentimentos nostálgicos, que a cultura seja disseminada. Com mais intensidade. Fomentando a imaginação das pessoas. Discutindo novas metodologias. Sem obrigações, apenas pelo prazer na leitura.



Aviso aos leitores: Estou passando um tempo longe do blog pois estou em um período de reflexão e leitura. Falar sempre não dá certo. Ouvir o que os outros têm a falar também é importante. Mas podem deixar que não abandonarei o blog. Até o próximo post!

© Imagem 1: Richard Manoser

2 de janeiro de 2010


Gostaria de usar este artigo como comentário ao podcast de Bia Kunze, Garota Sem Fio, sobre o sistema Android. Você pode baixar o programa através deste link. Neste episódio, ela fez uma analise sobre vários aparelhos de smartphone que chegaram ao mercado nacional que rodam o Sistema Operacional do Google.

Um dos pontos levantados na análise chamou-me a atenção. Uma característica marcante nas aplicações disponíveis no Android é o forte uso da computação em nuvens. A filosofia de armazenar todas as ferramentas e dados do usuário na internet, e não na máquina cliente, é defendida com toda força pela empresa desenvolvedora. Se por um lado esta tática traga uma teórica maior liberdade e segurança dos dados (já que estes podem ser acessados de qualquer equipamento com acesso a internet, mesmo com a perda do aparelho), por outro lado implica em alguns dos problemas mostrados: exigência de assinatura de um bom plano de dados para o smartphone, constância e qualidade na conexão de internet, etc.

Em momentos cuja conexão com a internet não é possível, a nuvem se torna o problema. Como acessar aquele e-mail importante com as decisões da empresa? Nestes casos a prévia sincronização dos dados para algum dispositivo físico torna-se fundamental. Este é o ponto de maior reclamação de Danilo Brizola, do site PDAMagazine, no mesmo programa. Diferentemente do comentado no podcast, acredito que esta não é uma questão de falta de atenção do Google com os usuários. É uma questão de estratégia de mercado.

Analisando os andamentos da empresa em outras áreas, isso fica bem claro. Vejamos, por exemplo, o Chrome OS: sistema operacional do Google desenvolvido, inicialmente, para netbooks. Ao iniciar o computador exibe-se apenas um navegador. Todos os recursos a serem acessados dependem da internet (não vou entrar aqui na discussão do recurso do Google Gear). Qual é a estratégia por trás disso? Atingir a rival Microsoft em três áreas:

  • Colocar um Sistema Operacional para concorrer com o Windows.
  • Com o carregamento automático do navegador Chrome não sobra espaço para o Internet Explorer.
  • Aplicativos que precisam ser instalados, como o Microsoft Office, seriam excluídos.

Jogada de mestre? Eu acredito que sim. Para uma empresa que poderia se considerar segura em sua posição como maior provedor de busca da internet, a ampliação de sua atuação está se mostrando muito bem sucedida. Claro que uma estratégia tão agressiva como esta vai dar início a vários processos no quesito monopólio. Seus advogados terão que estar muito bem preparados!

Claro que o sistema Android não possui as mesmas características e utilidades do Chrome OS. Porém, por lógica, a desenvolvedora tem que manter estratégias parecidas para todos seus produtos. Se ela realmente acredita no futuro da computação em nuvem, ela deve expandir este recurso para todos seus produtos. Em um segundo passo, fazer com que os usuários acreditem que esta estratégia é o futuro e que seus concorrentes estão errados.

Aproveito para falar também sobre a Apple. Tenho visto que o Android possui características que exploram pontos falhos da concorrente. Focarei apenas em um lado: os dos desenvolvedores. Primeiramente, a API do Iphone só funciona em computadores com a marca da maça. Já a API do Android roda em qualquer computador (alias, com uma boa integração com a popular IDE Eclipe). Em outro quesito, muitos programadores têm reclamado do excesso de burocracia na App Store. Programas sendo barrados e retirados sem um código de conduta tão transparente como se esperava. Não tenho muito conhecimento da Android Market. Sei que a quantidade de aplicativo está aumentando bastante. Porém, diferente da Apple, não lembro de ter lido reclamações neste quesito.

Talvez esteja se perguntando: os programadores de aplicativos são tão importantes assim para o sucesso do projeto? Com certeza! O que realmente importa nas lojas online para aplicativos móveis não é a quantidade total de aplicações, mas a qualidade e variedade. Segundo NPD Group, 16% dos programas na App Store são jogos. Além do que, dos dois bilhões de aplicações baixadas, 65% são jogos. Se os desenvolvedores começarem a perder o interesse pela plataforma teremos inicio a uma diminuição nos serviços variados (nem só de game vive um usuário de smartphone). Isto seria péssimo para a Apple. Alias, este resultado será visto primeiramente em outro concorrente: o BlackBerry.

O número de programadores para esta plataforma só está diminuindo. A complexidade no sistema está espantando eles. Peter Sisson, CEO of Toktumi, deu um exemplo neste ótimo artigo da Wired: Ele colocou um anuncio na Craigslist (Classificados) procurando por desenvolvedores para plataforma BlackBerry e iPhone. Após algumas horas, recebeu 100 currículos interessados na plataforma da Apple e apenas alguns responderam pela outra postagem. Ele ainda comenta: “A menos que a RIM faça grandes mudanças em sua plataforma... o BlackBerry nunca terá a quantidade e qualidade dos aplicativos que o iPhone e Android terão”.

Como podem ver, o Google está muito bem preparado para brigar com seus concorrentes. Segundo pesquisa recente da Gartner, ele será o vencedor desta disputa (pelo menos no campo da telefonia móvel). Tudo graças as estratégias. O usuário final já não é prioridade para a empresa. Alias, como comentei recentemente com o Anderson Lopes no Twitter: a empresa já abandonou a filosofia “don’t be evil” faz muito tempo.