Veja meus artigos destacados:

24 de abril de 2009















Quem acompanha meus posts no blog já deve ter percebido o quanto gosto de podcast. Seja programas nacionais ou internacionais (alias, até agora não encontrei nenhum exemplar lá fora com a mesma qualidade técnica como a dos brasileiros). Sempre que encontro um bom exemplo, faço questão de comentar aqui.

Ontem estava ouvindo o programa Cesta de Música (você pode assinar seu feed através deste link). O entrevistado: o compositor e arranjador Vicente Barreto. Contando desde sua infância em Salgadália e Serrinha até os grandes palcos do Brasil e do mundo. Você pode baixar a entrevista através deste link.

Quem conhece meu estilo musical, sabe que não tenho muita atração pela MBP (mais uma questão de desconhecimento mesmo). O que me cativou nesta entrevista não foi a música, harmonia ou timbre (mesmo porque não tenho conhecimento suficiente para entender toda a complexidade por trás da música), mas foi a história deste homem, ou melhor, a forma como Vicente Barreto contou ela. Em certo momento ele fala sobre transmitir emoção ao tocar (exprimir o que se está sentindo):

“Se eu não me emocionar eu não faço. Eu não canto uma música sem sentir o que eu estou fazendo... A emoção do toque no instrumento, o ritmo, a melodia, a nota que você vai dizer juntamente com o texto... você não pode fazer isso sem sentir”

Embora ele esteja referindo tudo isso à música, é incrível como dá para sentir isso na própria fala dele. Provavelmente pela sua longa jornada tentando expressar a emoção em canções, ele consegue, espontaneamente, transmitir sentimentos em um simples bate-papo. Como é gostoso poder ler ou ouvir alguém se expressando de forma simples, direta e honesta.

Fica a dica então, além da entrevista, de visitar o site oficial dele e sua página no Myspace onde é possível ouvir algumas músicas deste violonista.

Observação final: Sou um homem da computação. Não tenho os conhecimentos técnicos da música. Mas, felizmente, a emoção é universal. Parabéns pelos 30 anos de carreira!

22 de abril de 2009













Recentemente estava testando um novo plugin para o Firefox: ClipMarks. Bem interessante a proposta de compartilhamento de fotos e textos em uma rede social (vale a pena dar uma olhada). Vasculhando os links do site, encontrei um texto discutindo sobre o futuro das abas do Firefox (este e este artigo) . Como todos devem saber, o browser da Mozzila ganhou notoriedade mundial graças à introdução das famosas tabs (prova disso é que o seu rival, Internet Explorer, teve que ceder, anos depois, aos encantos desta função).

Mas qual a novidade desta próxima versão? As abas perderão importância! Pois é, parece até uma contradição. Na verdade, não será o fim das abas. A idéia é uma nova forma de gerenciamento de tela. Mais parecido com um sistema operacional. Muito interessante a idéia.

Alias, vi no Tecnodatum este vídeo com uma pequena demonstração do protótipo da TaskFox. Buscas simples e bem interessantes. Tomara que faça sucesso.


Taskfox Prototype from Aza Raskin on Vimeo

12 de abril de 2009

Os últimos anos da finada Rede Manchete foram marcantes pela presença de comerciais que, de tão ruins e simplórios, ficaram na lembrança de muita gente. Quem não se lembra das Facas Ginsu (sim, aquela que cortava até aço!) ou os óculos (brega) Ambervision? Mas, de todas aquelas campanhas publicitárias (pessimamente dubladas para o português), a que mais me marcou foi a do Sonic 2000. Para quem nunca viu ou não se lembra, assista ao vídeo abaixo:




Vendo nos dias de hoje, pode até parecer uma piada do Pânico na TV, tamanho o amadorismo da produção: terríveis atuações, péssima dublagem (já disse isso? Pois é, é ruim mesmo!), restrição do produto (“O produto não é destinado a portadores de deficiência auditiva”?!?!) e, é claro, o argumento do produto em si. Se não tenho nenhum problema auditivo, eu irei comprar um produto desses para ouvir o som da natureza? Fala sério! Ah! Filhinha, vá estudar no quarto e não na frente da TV!

Todos estes comerciais me vieram à mente recentemente porque estava assistindo um canal latino, quando de repente surge este comercial (infelizmente não achei a versão em espanhol, esta é a versão em inglês):



Incrível! Ainda produzem produtos assim. E o melhor: com a mesma temática. Aparentemente, produções toscas chamam atenção. Mas, perceba que existe uma diferença nesta nova versão (não, não estou falando da velhinha gritando “BINGO!”). Aqui eles deixam bem claro: “Você pode ouvir as conversas do outro lado da rua”! Pois é, aqui já não existe problema de ética em ouvir conversa alheia. Faz parte da característica do produto.

Este não é o único caso de utilização da tecnologia para espionar conversas. Recentemente vi no Tecnodrop, a venda no Amazon.com de um dispositivo para poder ouvir conversas até 90 metros de distância. Semelhante aqueles aparelhos que aparecem em filmes e séries. Como o site comenta, não existe nenhuma recomendação contra maus usos (hum... será que haveria um bom uso para tal?).

Diante de tudo isso, fica a pergunta: existe limite do uso da tecnologia para preservação de nossa privacidade?

Nota final: Essa versão de Loud ‘n Clear ganhou várias paródias no Youtube. Eis o link de duas dessas aqui e aqui.

3 de abril de 2009


Não sei das origens de tudo isso, mas uma coisa tenho certeza: As piadas do 1º de Abril estão atingindo níveis nunca antes alcançados. Pelo que me lembro, as brincadeirinhas desta data se resumiam a piadas simples. Nada que realmente se justificava lembrar da data o dia inteiro. Mas este ano, a situação foi um pouco diferente. A internet não foi invadida apenas por piadinhas. Ela chegou a ter sites inacessíveis!

Logo de manhã me deparei com o Eztv, portal de compartilhamento de arquivos torrents, todo reformulado. Sob o nome de Ezports, eles teriam mudado a proposta do site e começariam a publicar apenas links de vídeo de esportes. Um grande choque para quem não tinha percebido que dia era. Mas não ficou só neste caso. Quem acessou o Youtube também pode verificar o humor dos responsáveis pelo serviço. Não era apenas o logotipo, todos os vídeos estavam sendo executados de cabeça para baixo. Ah! Os textos estavam ao contrário também.

Até o Twitter chegou a ficar insuportável de se usar. Não dava para confiar nos comentários. O dia inteiro com notícias falsas. Alias, chegou em certa altura do dia que parei de ler notícias. Não confiava mais em algumas coisas que lia (por mais credibilidade que o site tivesse). Até notícia falsa estava infiltrada.

Não estou aqui para me passar de chato que não atura brincadeiras. Quero analisar sobre o rumo que essas brincadeiras estão chegando. Alias, você já parou para pensar que o termo “dia da mentira” não faz muito sentido para algumas das situações que citei acima? Pois é, nos Estados Unidos existe o Fool’s Day, ou seja, dia do tolo (ver vídeo de cabeça para baixo no Youtube não é uma mentira, mas coisa de tolo mesmo). Sob esta perspectiva, não existe limite para a gozação.

Então fica a pergunta: Vale a pena tornar um serviço inacessível durante todo o dia (como os casos do Youtube e Eztv) por esta causa nobre? Bom, se o objetivo deles foi agir como um viral: Parabéns, vocês conseguiram! Não acredito que seja a melhor forma de chamar a atenção. Mas tirando o fator marketing, como fica o usuário? Será que existe um limite de ética? Fico até com medo do que poderá vir nos próximos anos. O que chamou a atenção neste ano, não causará o mesmo efeito no seguinte.

Concluindo: Até acho divertido algumas brincadeiras (como a do Bruno Carvalho que anunciou o spin-off de Friends: Chandler & Monica - The Married Days, “com novos atores interpretando os personagens!”). Mas comprometer o funcionamento do serviço não justifica o ato. Uma coisa é ser alvo de mentiras, outra é ser tratado como tolo!