Veja meus artigos destacados:

23 de junho de 2009

Cinco meses atrás, escrevi um artigo chamado: “Internet discada: É possível ser produtivo? Sim!”. Graças à divulgação do Produtividade.net, este acabou sendo o post de maior visita no blog (alias, muitos novos leitores continuam chegando aqui por causa deste texto). Uma coisa mudou em minha vida de lá pra cá: Não sou mais usuário de internet discada. Agora posso navegar com uma velocidade de conexão seis vezes mais rápida (para a Sandra Carvalho, da revista Info, isso não é banda larga, mas... é melhor do que não ter!). Como toda mudança, novos hábitos tendem a surgir. Levanto a questão: a banda larga realmente ajuda?

Infelizmente, a nossa capacidade de absorver informações não avança no mesmo ritmo da evolução tecnológica. Dados digitais chegam mais rápidos e o espaço de armazenamento cresce, mas nosso cérebro continua o mesmo meio serial de absorção de conhecimento. Sem oportunidade (por enquanto) de upgrade.

Vendo desta perspectiva, o que nos resta fazer é: peneirar com sabedoria os dados. Sim, afinal, quanto mais texto, áudio e vídeo podem ser recebidos, existe a possibilidade de obtenção de informações não relevantes também. Este foi meu primeiro erro.

O Youtube é sensacional. Com uma taxa de atualização impressionante, você tem uma infinidade de vídeos suficiente para acabar com a produtividade de qualquer um. Ideal para momentos de procrastinação. Portanto, tem que ser usado com muita sabedoria, para evitar que o serviço se volte contra você.

O download também ganha um novo sentido. Os limites para obtenção são reduzidos. Sejam músicas, filmes, jogos, livros e tantas outras parafernálias digitais. A obsessão por baixar acaba gerando uma necessidade pelo consumo. Mas, infelizmente, o nosso dia fica cada vez mais curto. Fica cada vez mais complicado aproveitar tudo. Uma educação pessoal se torna necessária.

No final das contas, a obtenção das informações desejadas acaba ficando restrito não pela velocidade de banda, mas organização das tarefas. Continuar utilizando as mesmas regras da internet discada, adaptando-as a alguns novos hábitos. E eu vou te falar: Não é fácil. Posso estar enganado, mas acho que o autocontrole é até mais difícil com a internet banda larga (meu Google Reader que o diga). Sim, quanto mais o ser humano adquire, mais ele quer. É uma crescente interminável. Em busca da satisfação própria.

O que fazer então? Sentar, refletir e fazer planos. Estabelecer metas, horários para cada atividade e aprender a dizer “não” para algumas tentações. E isso não surge do dia pra noite. Apenas com a prática, você conseguirá obter o melhor para você. Seja qual for a velocidade que os bits cheguem até você.

11 de junho de 2009

No início, quando alguém tinha que explicar o que é blog geralmente se utilizava da seguinte analogia: É um diário pessoal on-line (muito mal escondido, diga-se de passagem). Mas, é claro, não era uma boa descrição. Sim, afinal, até onde eu sei, os diários impressos era realmente pessoais, guardavam grandes segredos e não existia nenhuma obrigatoriedade em escrevê-los (a não ser que você tivesse alguma compulsão obsessiva por tal). Mas e as versões online, se enquadram em um desses requisitos?

Um dos itens que mais me intriga é a necessidade por manter um blog sempre atualizado. Esta palavra: Atualizado, é bem subjetiva. Depende de cada um. A política que eu adoto é: De um a dois posts por semana. É o que eu posso dedicar semanalmente. Tentando criar posts decentes (sem ter que ficar enchendo lingüiça em dias agitados). No meu ponto de vista, está ótimo. Mas não é a opinião de muita gente. Para eles, você tem que postar todo santo dia (pois é, quase uma obrigação religiosa).

Para os poucos blogueiros nacionais que conseguem atingir uma renda razoável com seus blogs (Interney e seus amigos), esta situação faz sentido, mas para os demais não. A vida pessoal e profissional toma muito tempo. Trabalho, provas, reuniões e demais obrigações sociais (Ops! Tenho que reservar um horário na minha agenda para alimentação!) devem receber prioridades.

O fator Hobby deve estar sempre ativo. Escrever por diversão, com prazer, é muito melhor! Os textos saem com mais fluidez e naturalidade. Faz diferença. Digo mais: os leitores mais atentos, que conseguiram identificar seu estilo de escrita, podem acabar notando uma falta de interesse. Isso pode ser até mais prejudicial do que ficar alguns dias ausente do blog.

Por alguma razão pessoal, você não pode blogar em um determinado período? Explique-se, no máximo. Deixe um aviso de: “me ausentarei por um período de tempo”. Acho um exagero ficar pedindo desculpas. Se desculpar pelo que? Ninguém bate cartão antes de começar a escrever.

Outro argumento discutido sobre esta questão é a relevância. Um dos quesitos de avaliação de “importância” de um blog é a taxa de atualização. Concordo. Quantas vezes desisti de olhar o restante de um blog ao perceber que o autor não publica a mais de um ano. Não sei se é um problema só meu, mas dá uma impressão de estar lendo uma revista antiga (dependendo do assunto, não justifica a leitura). Mas, convenhamos, este é um exemplo extremo. Passar alguns dias ausentes do blog não decretará a morte dele. Principalmente se você conseguir conquistar seus leitores pelos textos.

Conhecer uma pessoa é fácil, mas ganhar a confiança dela demora tempo. Nos blogs, existe uma pequena diferença: mesmo que você não conquiste o leitor de imediato, com um ou dois textos ele saberá se o conteúdo lhe interessa ou não. Se for compatível, a ausência não prejudicará a imagem. Esta sim é a relevância importante.

É isso. Escrever por prazer, no seu devido tempo, deve estar acima de tudo. Para conseguir manter o entusiasmo inicial e não tornar uma experiência chata e cansativa.

2 de junho de 2009

Vira e mexe, eu coloco uma tirinha para ilustrar algum artigo meu. Existem muitas pela web com assuntos ligados a tecnologia, formação profissional, economia, etc. Resolvi fazer um pequeno jabá para algumas que não saem do meu agregador de feeds. Neste tópico em especial, tiras com temática nerd.


Problogger: Vinculado ao blog Nadaver.com, este quadrinho narra a vida de um blogueiro que não tem muito tempo para uma vida social no “first life”. Atualmente, ele tem buscado aumentar suas visitas através do Twitter. Os exageros mostrados são muito bem sacados.


Dilbert: Sinceramente, fiquei com uma baita dúvida se o colocava na lista. Talvez esta tirinha não se encaixe exatamente no tema do post, mas a complexidade dos textos me faz qualificá-lo. Desenho já consagrado de Scott Adams, mostra a vida profissional de Dilbert em seu escritório surreal (ou seria parecido com alguns reais?). Tirinha obrigatória para quem gosta de humor no estilo do seriado The Office.


Geek & poke: Para mim um dos melhores quadrinhos atualmente. Não em nível de qualidade de desenho (afinal, são traçados simples, porém eficientes) ou complexidade na junção das idéias. Simplesmente pois ele trata eventos atuais ligados a internet de forma direta. Sempre linkando com alguma notícia de tecnologia. Simples e divertida!


PHD Comics (Piled Higher & Deeper): Jorge Cham, PhD em Engenharia Mecânica pela Universidade de Standford, é o autor deste projeto. Em suas tirinhas, ele trata de todos os problemas que os graduandos enfrentam na Universidade. Algumas piadas só entende quem já viveu este ambiente acadêmico. Belo traçado, ótimas tiradas e histórias que seguem uma cronologia, são marcas da qualidade do site. Recomendo!


Nerdson não vai à escola: Para finalizar, outro representante nacional. Karlisson Bezzera é o responsável por um dos quadrinhos mais famosos da internet brasileira. As histórias da turma do software livre são ótimas. Ser um Heavy User é pré-requisito para entender as piadas. O que falar sobre a qualidade de texto e desenho do site? Genial! Realmente merece o primeiro lugar nesta lista.

Concordou? Não gostou? Conhece outro exemplar para esta lista? Deixe sua opinião nos comentários. Quem sabe, posso fazer uma segunda edição com os que ficaram de fora desta edição.