Quem lê minhas mensagens no Twitter sabe que eu acompanho várias séries americanas. Recentemente terminei de assistir a ótima primeira temporada de Fringe. O seu criador, J. J. Abrams (criador de Lost e Alias), sabe muito bem como apresentar a “mistery box” para os telespectadores (se fosse o Sr K, ele teria chamado de “a balinha”). Além dos casos intrigantes, outra coisa que me chama atenção: os “vilões” (entre aspas pois não dá para confiar em ninguém neste seriado). Se você possui uma mente doentia e quer dominar o mundo, você deve se especializar na área de Inteligência Artificial!

O futuro não é lá dos melhores: ser procurado em vários estados, acabar o resto de sua vida em uma instituição psiquiátrica ou até ser alvo de sua própria cria fazem parte dos riscos. Mas, aparentemente, o ego fala mais alto. Ter o nome imortalizado para todo o sempre na cultura da raça robótica, não tem preço (sim robótica, porque nesta altura os homens já foram subjugados).

Quem dera fosse, mas este tipo de personagem não é exclusividade de Fringe. Várias obras de ficção, seja em tom profético ou apenas por caráter sádico, sempre nos remetem a esta figura bizarra: o cientista louco, com seu cabelo despenteado, olhar fixo e o inconfundível jaleco (caramba... eu descrevi o Beakman!). Uma descrição visual estereotipada dos verdadeiros cientistas (se bem que eu conheço alguns professores que... bom... deixa pra lá). Mas a questão é: será que existem profissionais neste ramo trabalhando com a mesma mentalidade de alguns dirigentes mundiais?

Espero que não, afinal, não só a inteligência como também a estupidez artificial é desenvolvida. Esta sim, aprimorada por anos e anos de experiência humana em guerras. Moldada pelos corações frios, insensíveis e gananciosos dos “homens”. Estes que, na época da Guerra fria, chegaram a criar bombas atômicas capazes de destruir o planeta dezenas de vezes (melomaníaco é pouco!).

Mas e os robôs? Obra desta inteligência artificial, eles foram criados e re-criados em exaustão nos filmes e séries. Muitos deles, bonzinhos: faxineiros (Super Vick, Rose, Andrew e Wall-E), companheiros íntimos (Gigolo Joe), beberrões (Bender!!!) ou simplesmente criados para serem companheiros (David, Sonny e C3-PO). Mas, do outro lado, temos os baderneiros. Ruins até nas engrenagens mais intimas. Robôs que fazem valer a frase abaixo:


Você acha que são apenas obras de ficção? Veja só estes exemplos que a revista Isto é desta semana classificou como “Criações que ameaçam”:

  • Asimo – capaz de caminhar autonomamente (Quando conseguir correr igual ao Tom Cruise, será realmente perigoso)
  • AIBO – “cão robô da Sony que muda de humor conforme o tratamento do dono” (pelas experiências que vimos no filme I.A.,isso não é algo bom a ser implementado! Alias, por será que a foi interrompido sua produção? Hum...)
  • COG – “capacidade de aprender algumas tarefas sozinho”
  • Minerva – guia do museu que sabe dar bronca nos visitantes chatos.

Se por um lado, a inteligência artificial atual parece não estar tão evoluída a ponto de uma revolução apocalíptica iminente, por outro lado existem pessoas preocupadas em evitar que isso se torne realidade. Digo mais, nesta reportagem do The New York Times, os cientistas estão preocupados que as máquinas superarem a inteligência humana!

Minha esperança é que tudo isso não passe de loucura. De uma fantasia cinematográfica. Mas, caso ocorra, que John Connor nos ajude! (e se já ocorreu, que continuemos na ignorância)