Ontem li esta notícia da Info: Cadeira de rodas movida pela mente da Toyota (deu um duplo sentido este título com o nome da produtora). Como citado na reportagem, não é um experimento inédito. Mas, a cada novo protótipo, crescem as expectativas em torno da capacidade de ampliar o uso desta técnica. Não há nível Jedi (espero!). Mas para controle de todos os objetos com poder computacional.

Mas o que me chamou a atenção na notícia foi um pequeno detalhe no final do texto: “Para frear a cadeira de rodas, o usuário deve apenas inflar as bochechas, de acordo com os estudiosos”. Hein? As bochechas funcionam com uma espécie de freio de mão... digo, de boca? Por que raios não utilizar a própria mente para fazer isso? (Não será operacional para este ator mexicano).

Assistindo o vídeo, deu pra entender que, na verdade, esta é apenas uma forma de ativar a parada quando algo der errado. Como uma parada de emergência. Ok... melhorou... mas não seria muito melhor criar um botão pra isso? Tá certo, ele quis explorar as possibilidades variadas de interação. Mas chega a ser ridícula a imagem de uma pessoa desesperada querendo parar a cadeira inflando suas bochechas!

Quando a tecnologia do controle mental chegar no ponto ideal, não haverá necessidade da utilização de artifícios “ultrapassados”. Alias, isso me fez lembrar um filme que vi ontem: Ghost in the Shell.

Sem contar muito spoiler, o filme conta a história de um mundo futurista em que o cérebro de cada individuo seria realmente encarado como um computador, permitindo uma comunicação com um sistema (assim como nossa internet agora). Levando as discussões que temos agora sobre privacidade a níveis inimagináveis (bom... pelo menos pra mim. Não para o japonês maluco que criou esta obra).

Mas voltando ao assunto, uma coisa que chamou minha atenção no filme foi a comunicação da Major Kusanagi com os outros membros agencia policial onde ela trabalha. Em alguns momentos você vê seus lábios moverem durante a conversa, mas em outros momentos não (juro que no primeiro momento, antes de entender o motivo, eu fiquei revoltado com os responsáveis pela dublagem do filme). Ou seja, seria possível uma conversa de Skype pelo próprio cérebro!

O me levou a pensar: se eu posso conversar apenas pela intenção da mente, por que eu utilizaria as cordas vocais? Para não perder a perder essa capacidade nata? Para não perder a sanidade? (sim, seria muito estranho e confuso a comunicação neste contexto).

Realmente, não sei. A capacidade de utilização da mente humana (seja a curto/longo prazo, real/ficção) é muito interessante. E de grande avanço nos próximos anos. Só espero que a realidade não siga todos os passos demonstrados nas obras dos filmes e séries. Comentei esses dias no Twitter: Por que todos os cientistas formados em biotecnologia partem para o caminho do mal?