Em 19 de novembro de 2006, estava iniciando a jornada da nova aposta da Nintendo. Devido ao relativo fracasso do console anterior, muita gente via com desconfiança a nova proposta da empresa nipônica. Principalmente pelo fato das características técnicas de seus competidores. Tanto o X-Box 360, da Microsoft, quanto o Playstation 3, da Sony, possuíam capacidade gráfica muito superior. Fracasso certo? Não! Pelo contrário, foi um grande sucesso. De crítica e público. Tudo graças ao seu inovador sistema de controle. Tornando a proposta do jogo mais simples e divertida.
Esta busca por criar novidades de na interface de interação do usuário não é mérito apenas do Nintendo Wii. O celular super cobiçado da Apple também partiu para esta estratégia para ganhar adeptos. Em um mercado com vários concorrentes com características técnicas superiores (como por exemplo, a aplicação à rede 3G), o IPhone entrou visando uma coisa: criar uma nova forma de interação. Não vou entrar aqui no mérito da inovação. Afinal, existiram muitas outras invenções touch-screen que o precederam. Mas a questão é: nenhum produto foi tão revolucionário a tal ponto de mudar as estratégias de mercado. Após o sucesso do IPhone, vários outros clones surgiram. Todos tentando embarcar nesta moda que se criou.
Aliás, o fator touch-screen já tinha sido definitivo em outra briga de mercado. Voltando novamente para os games, em 2004 a Nintendo lançou seu console portátil Nintendo DS. Com duas telas, sendo uma delas sensível ao toque, este vídeo-game acabou ganhando a disputa pelo mercado. Em uma história similar, o seu concorrente, PSP da Sony, não conseguiu chamar a atenção do público, mesmo tendo uma máquina superior.
E assim, eu poderia gastar tantas linhas para descrever várias empresas que souberam apostar em novidades e, como tal, obtiveram grandes resultados. Mas acho que você já conseguiu perceber onde quero chegar. Estamos vivendo em um mundo em que a evolução tecnológica está atingindo níveis nunca antes sonhados. Processadores mais potentes, tecnologia embarcada cada vez mais leve e a mobilidade ganhando cada vez mais espaço e destaque. Mas tem algo que vai além: a ansiedade pela novidade. Sendo que, nos exemplos acima, esta novidade se caracteriza pela interface de interação.
Você conseguiria imaginar nos dias de hoje assistir televisão sem controle-remoto? Pois é, não dá. Ou então acessar a internet sem o mouse? Aliás, este mês estão sendo comemorados 40 anos da invenção deste instrumento que nos tirou da obrigação de ficarmos presos em linhas de comando e nos apresentou um ambiente muito mais intuitivo.
Aliás, falando em mouse, tem muita gente que não está satisfeito com a forma de navegar atual. Por exemplo, neste projeto chamado Dontclick.it a proposta é não clicar em nada. Apenas arrastar o mouse sobre os itens e as opções vão aparecendo. É uma experiência bem interessante. Vale a pena dar uma olhada. Mas se você quer algo um pouco mais sofisticado e inovador, saiba que existem cientistas tentando tornar realidade a forma de navegação que é mostrada em Minority Report. No filme, o ator Tom Cruise decide suas ações apenas com o movimentar das mãos no ar. Você pode conferir esta notícia aqui. Esta experiência seria bem mais interessante.
Portanto, mais do que evolução em velocidade de transmissão ou processamento de dados, o grande problema do mercado ainda é tornar a interação mais simples e amigável. Para todos os tipos de usuários. Não se tratando apenas de uma questão de abranger um maior mercado alvo. Mas sobrevivência mesmo. Como os três produtos do título provaram.
Vixi,
Viajei nas diferenças
Não que eu seja avesso às novas invenções, mas não consigo acompanhá-las por 2 motivos básicos...
1 - É uma corrida sem fim
2 - Meu dinheiro não é capim..
E até rimou viu?
Abração!
Neo