No dia de hoje, vários blogueiros estarão empenhados em um projeto de blogagem coletiva. Aceitando o pedido da Ester, do blog Esterança, estarei aqui participando falando sobre Inclusão social. Se você quiser participar também, maiores informações neste link.
Bom, fiquei pensando sobre o que falar. Então me lembrei de um protesto muito interessante que aconteceu no dia 09 de janeiro dentro da CES (Consumer Electronics Show). O famoso cantor Stevie Wonder conseguiu espaço durante a feira para fazer um alerta: a falta de preocupação, por parte dos desenvolvedores de tecnologia, com os deficientes visuais. Principalmente, os produtos com telas sensíveis ao toque.
Existe uma série de aparelhos e serviços que tem auxiliado na utilização deste público. Ele, inclusive, citou o iPod e o BlackBerry. Mas, como sabemos, nem todas as empresas se prestam a tal preocupação. Ele disse: "Não queremos segurar o progresso tecnológico. O que estamos dizendo é que eles deveriam pensar na interface e criá-la para que seu uso seja simples... Quanto mais simples for a interface de um produto, mais pessoas ele atingirá, sejam cegas ou não".
E, realmente, a navegação por uma tela sensível ao toque é impraticável para um deficiente visual. É um recurso que, além do tato, requer a visão para poder manuseá-lo. Mike May, presidente da Sendero Group, até brinca sobre esse fato: “Eu posso esquiar a 100 km por hora numa descida? Sim. Mas posso usar um microondas com tela sensível? Não”.
Dezembro eu tinha produzido um texto sobre a importância das interfaces dos produtos. E destaquei: “o grande problema do mercado ainda é tornar a interação mais simples e amigável. Para todos os tipos de usuários. Não se tratando apenas de uma questão de abranger um maior mercado alvo. Mas sobrevivência mesmo”. Tratar todos os usuários com o devido respeito é fundamental.
Mas vale lembrar que existe ainda esperança sobre o caso dessas telas! É tudo uma questão de adaptação. Por exemplo, a Apple poderia lançar uma atualização, com um modo de operação específico para este público. Nesta nova versão, ao clicar e arrastar pela tela, uma voz faria uma leitura sobre os objetos selecionados. Dois cliques, por exemplo, seria a ação em si de acionar tal opção. E por aí vai. É possível adaptar para todas as necessidades. Acredito até, que o resultado seria muito bom! Mas... é tudo uma questão da boa vontade dos produtores. A reivindicação foi lançada. Com certeza, continuará a ser pressionada. Cedo ou tarde, Stevie Wonder poderá ligar tranquilamente para seus amigos. Tenho certeza.
8 de março de 2009
Inclusão social – O problema das telas sensíveis ao toque
Postado por
Kleber Anderson
20:43
- SILVANA PEDRINI 9 de março de 2009 às 08:15
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Gostei muito do texto.
Interessante falar sobre a tecnologia e pensar como pessoas com deficiência visual não podem ter acessos a certos tipos de produtos. A inclusão social se dá nesse sentido também, muito interessante sua abordagem.
Abraços
passa no meu blog, meu texto está publicado. - Christi... 9 de março de 2009 às 10:07
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Oi, nossa, muito boa a colocação e abordagem do tema, porque são tantos, que conforme, vamos lendo, nos damos conta que, somos tantos, e tão diversos e com tantas dificuldades coletivas e diferentes.
A forma que colocou o assunto, é pouco falado, mas quão importante é, e as empresas fabricantes, não olham muito o outro público, que infelizmente, burros são, porque teríam uma aceitação enorme, comercial e social. Aos portadores de deficiências ou não, porque muitos compram da marca x, mas não são exemplo, cegos, mas tem pais, amigos, irmãos, filhos, com esse problema, naturalmente, uma empresa que investisse nessa inclusão, acabaria ganhando os demais.
Falando apenas, de uma forma comercial...
Gostei muito.
Bjs
Chris - Christi... 9 de março de 2009 às 10:09
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Moço, você não tem a opção de seguidores !!! te linkando então, pra ler sempre aqui.
Bjs, merece umas palmadas. - Compondo o olhar ... 9 de março de 2009 às 11:46
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que texto maravilhoso!! adorei...
abraços mil, tbm estou participando, dá uma olhadinha lá!!! - Fatima Cristina 9 de março de 2009 às 17:45
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Bem providencial de sua parte promover a inclusão social na área de engenharia de produtos de consumo para deficientes. Com certeza esta também deve ser uma preocupacão da sociedade! Espero ainda viver o dia em que o acesso as oportunidades da vida chegue a TODAS as pessoas, com igualdade de direitos e benefícios.
Abraços, Fatima - Unknown 9 de março de 2009 às 17:55
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Muitas vezes pergunto como que simples atos de verdade como foi desempenhado pela Ester, nos faz entrar nesse mundo magico de verdade; esse mundo que ao mesmo tempo falamos de algo serio, encontramos novos amigos, novos conteudos. Isso se chama mudança, isso é incluir na sociedade, mostrando o que somos capaz. E hoje ao ler seu conteudo deparo com varias suspresas como essa, que faz eu parabenizar a vc.. pelo excelente trabalho...
Continuemos....abraços
"A gente nao faz amigos, reconhece- os"
Vinicius de MOrais - LETÍCIA CASTRO 15 de março de 2009 às 15:36
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Kleber, encaminha esse teu post para os fabricantes, a Apple, por exemplo! Quem sabe não desperta uma luz? Se vc quiser mandar para a central deles, faço a tradução para o inglês (se vc puder fazer, melhor ainda), mas a ideia da voz é interessantíssima. Realmente, inclusão social é a meta desse milênio, acho. Vamos todos fazer a nossa parte, né? :D
Beijo carinhoso e adoro o Stevie Wonder! "Isn't she lovely?" hehehe
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Olá amigo!!
Não chegou nenhum email seu confirmando a adesão, só vi agora seu recado num post anterior,
Seu blog já está confirmado lá!
Parabéns pelo texto bastante elucidativo sobre as necessidades dos deficientes visuais, é um assunto pouco debatido, fico
contente que tenha trazido para
o centro da coletiva uma questão
tão delicada!
Abraço e obrigada por sua participação!