O objetivo deste tópico é responder ao tema levantado por Dr. Nacir Sales, do blog Dr. Negociação. Em seu post do dia 28 de Fevereiro, ele levantou a pergunta: Blogs ajudam no aprendizado escolar? Eu estou longe de ter sua experiência profissional e, tão pouco, sua fluência na articulação de raciocínio que é perceptível em seus textos. Porém gostei do tema e queria de colocar a opinião de um humilde estudante neste tópico.

O principal incentivo que tive durante a infância, no âmbito da leitura, foram as revistas em quadrinho da Turma da Mônica. Na minha adolescência, foram os livros da série Vaga-Lume, da editora Ática. E o que mais me marcou no início da juventude foi a revista Superinteressante. Essas fontes conseguiram aguçar meu interesse pela leitura. Digo mais: para formação de caráter. Se eu tivesse acesso a blogs naquela época, o resultado seria o mesmo? Tenho certeza que sim. Na minha opinião, a questão não é a mídia. O importante é que surja o elo de ligação do comunicador com o leitor. Independente da forma utilizada. Mas com uma ressalva: que seja natural.

O blog, nesses últimos anos, conseguiu conquistar um espaço muito grande entre o público mais jovem. Se tornou um ambiente familiar para eles. Onde a leitura é encarada de forma prazerosa. Da mesma forma que eu encarava as travessuras da menina dentuçinha de camiseta vermelha. Então fica a questão: se as obras de Maurício de Souza são elogiadas pela sua contribuição para a educação de tantas crianças brasileiras, por que a discriminação com os blogs? Recentemente, acompanhei uma denúncia do Luis Ricardo sobre o bloqueio ao acesso de blogs em escolas e universidades. No texto, diz: “A grande preocupação dos administradores de rede são com blogs de downloads e de conteúdo adulto. O primeiro porque deixa a rede da instituição vulnerável a malwares e problemas e a segunda porque além de não ser produtiva, pega mal a beça para a instituição ter um funcionário em horário de expediente visitando esse tipo de conteúdo”.

Os blogs, assim como qualquer outro site, são produzidos para um público bem variado. Uma coisa é colocar filtro de conteúdo, outra, bem diferente, é bloquear totalmente o acesso. Generalizando que todas as demais fontes, compartilham com o mesmo pensamento e intenção. A questão fundamental é: instrução! Tantos dos pais, como dos professores. Gerando o interesse do menor em fontes de crescimento intelectual e criativo.

Concordo com o texto da Priscilla Aloi sobre os problemas do péssimo uso da tecnologia. Tentando “tirar vantagem” do professor, muitos usam do COPIAR e COLAR a salvação para seus problemas. Avisá-los que eles mesmos estão sendo prejudicados, faz-se necessário. Ela diz: “Não digo que a tecnologia é má, mas sim o nosso despreparo para utilizá-la de uma maneira sadia... Repense se a máquina está te dominando – Dê um basta nas atitudes robotizadas e faça a diferença em seu ambiente social – dê a sua opinião, expresse seus sentimentos, sonhe, realize, lute por aquilo que você quer (é tão bom celebrar a vitória, mas lembre-se que não são todas as batalhas que ganhamos) e utilize a tecnologia para o bem”.

Crianças, bem instruídas na utilização do blog, podem obter ótimos benefícios. Responsabilidade, criatividade, pesquisa e uma busca por divulgação são características aprimoradas dos blogueiros. Dá certo! Alias, como exemplo de sucesso, Layanna Maiara, do gostoso Enquanto ela escrevia..., me contou de um caso de um professor seu passando, como prova, a criação de um blog. Segundo ela, vários de seus amigos continuam a manter seus blogs por causa desse exame.

Para finalizar, deixo como sugestão deste ótimo artigo do Vitor Pamplona: Blogs como forma de avaliação em universidades. Neste texto, ele destaca as falhas na utilização de provas e dá boas sugestões sobre critérios de avaliação aos blogs. Vale à pena a leitura.