Quem nunca assistiu um filme futurística e ficou imaginando se realmente veremos todas aquelas invenções se tornarem realidade? Carros voadores, roupas hi-tech, tele-transporte e tantas outras coisas maravilhosas. É um sonho do ser humano fazer estas idéias tornarem-se físicas. Sonho este que já se realizou em diversos objetos (como a vídeo conferência pelo celular, por exemplo). Mas existem outros exemplos que parecem bem à frente de nossa realidade. Mas tudo é uma questão de tempo. Utilização de materiais que ainda são muito caros, algoritmos que ainda não são complexos o suficiente para fazer a inteligência artificial avançar mais e a falta de investimentos em determinadas áreas são fatores para adiar alguns de nossos desejos.

O meu objetivo com este post é mostrar os avanços que tem surgido para tornar possível uma coisa: publicidade contextual. Para ficar mais fácil de entender, assista esta cena do filme Minority Report.




Como você pode ver, Tom Cruise, ao entrar em um shopping (ou algo parecido), se depara com uma série de propagandas. O mais interessante desta cena é o fato dos comerciais serem direcionados exclusivamente para ele. A voz chega até a citar o nome dele! Muito legal mas... é possível tornar isso realidade? Não é muito absurdo? Minha resposta: de jeito nenhum! Não só é possível como existem alguns indícios de que esta tecnologia está próxima. Para facilitar minha explicação, vou dividir este tópico em três problemas a serem vencido: reconhecimento facial, vídeo e áudio.

1) Reconhecimento facial: Embora este tenha sido a tática utilizada para a identificação do indivíduo, poderíamos utilizar diversos outros métodos: cartão magnético, impressão digital ou sinal de celular. Este não seria a grande barreira a ser derrubada. Aliás, as pesquisas do próprio reconhecimento facial estão bem avançadas. Não vai demorar muito para este tipo de identificação invadir nosso dia-a-dia.

2) Vídeo: Diferentemente do outdoor convencional, esta nova forma de propaganda é dinâmica. A utilização de televisores grandes, alta resolução e resistentes são necessárias. Evolução neste requisito é notório. Mas existe algumas outras boas notícias. Segundo esta matéria do Brainstorm #9, o Google registrou a patente de um sistema de outdoor digital capaz de atualizar, em tempo real, de acordo com o estoque das empresas e outros fatores. Uma ótima notícia.

3) Áudio: Agora vamos pisar no quesito mais complicado desta idéia. Como fazer com que o som seja direcionado exclusivamente para um determinado cliente? Bom, esta é parte curiosa. Estava assistindo uma palestra de Woody Norris e ele mostrou esta invenção sua.


Explicando: É uma caixa de som modificada que utiliza ondas ultra-sônicas em uma direção específica. Semelhante a idéia do raio laser, o som não se espalha em várias direções. Isso permitiria enviar um áudio específico para um determinado cliente. Se você quiser assistir este protótipo em ação, aqui está o link do vídeo.

Você pode estar pensando: mas os consumidores estarão andando... hum, a solução que vejo é a seguinte: Colocando um sensor de movimento no local, o computador poderá fazer o calculo sobre a coordenada que a caixa de som terá de ser redirecionada. Mas é claro, existirá a necessidade de ter várias destas fontes de sons para os diversos clientes.

Falando assim parece tudo muito fácil. Mas a prática dará um pouco de trabalho. Porém, espero ter conseguido provar que não é uma coisa de outro mundo. É tudo uma questão de tempo para termos uma nova forma de marketing e, porque não dizer, nossa privacidade levada a um novo nível.