Sábado estava assistindo ao especial da MTV sobre sustentabilidade. Depois de ver todos os questionamentos e idéias levantadas, pensei: Está aí! Um bom assunto para tratar no blog. Mas... qual deverá ser o foco do meu texto? As áreas de atuação são muito diversificadas. Se for para tratar de modo geral ficará muito genérico. Então resolvi segmentar meu artigo apenas na área da internet: Como as empresas estão vendo este assunto.

Manter toda uma rede de servidores, espalhados pelo mundo inteiro, não é uma atividade nada fácil. E, é claro, que toda esta rede consome muita energia. Cerca de 61 trilhões de watts são gastos, só nos EUA, para manter todo este sistema de pé. E a tendência, caso mantivermos a situação como está, é que este número aumente muito. Portanto, várias empresas, de diversos ramos, têm colocado em sua pauta de discussão temas como este. Como disse Eric Schmidt, CEO do Google, quando comparava a crise financeira com este assunto: “Existe um problema de mesma escala relacionado à energia. Onde o Google poderá perfurar? Sou um cientista da computação e cientistas da computação adoram problemas de escala”. Alias, adorei este comentário pois, assim como Eric fez, eu também estou graduando em ciência da computação. E, realmente, este é um ramo muito interessante e com boas perspectivas futuras.

Por mais simples que pareça, muita energia é gasta em um simples MSN em modo ausente. Segundo reportagem da revista Superinteressante, através de pesquisas, a Microsoft percebeu que havia um desperdício, na casa dos 60%, de sua energia consumida em aplicações como esta. Embora não esteja acontecendo nenhuma espécie de interação por parte do usuário, os servidores continuam na ativa. Portanto, a solução da Microsoft foi diminuir a quantidade de máquinas que controlam o aplicativo.

Aliás, na mesma reportagem, citou-se a idéia de cientistas de diminuírem o trafego de dados trocados entre a rede. Os roteadores passariam a não mais ficar 100% funcionais. Apenas depois de uma certa quantidade de dados em espera, eles voltariam a entrar em operação e transmitir os dados. Segundo os cientistas, a velocidade de transmissão ficaria apenas alguns milésimos mais lentos.

E o resultado não é sentido apenas lá fora não. Várias empresas nacionais também tem se destacado quando o tema é sustentabilidade. Neste site existe uma lista de várias empresas com projetos no tema. São exemplos que deveriam ser olhados com respeito por todo mercado.

O Google tem buscado algumas propostas também. Este ano, a empresa já separou 45 milhões para financiar start-ups em estudos e planejamentos com tecnologias solar, eólica e geotérmica. Além disso, já montou centros de processamento de dados próximos a usinas hidrelétricas. Alias, este é um ponto interessante. Uma das formas de se conseguir energia é com a queima do carvão. Toneladas de CO2 são jogadas no meio ambiente desta forma. Esta é uma das razões para a procura de novas formas de produção de energia.

Continuando ainda no Google, recentemente a empresa fez um anuncio interessante. O projeto se chama Google Night. Olhando superficialmente, parece ser o mesmo serviço do Google com a única diferença no fundo escuro da tela. Mas, segundo as pesquisas da empresa, monitores, principalmente os de CRT, tendem a gerar uma economia de energia na faixa de 20% comparada com o uso do fundo branco. Segundo o site do projeto, a versão preta do buscador economizaria 750 Megawaltt. Energia esta que seria suficiente para atender 600 mil domicílios.

São projetos como estes que podemos ver uma boa esperança para o futuro da internet. É esperar para ver. Agora, com licença, que irei desligar meu MSN, pois esqueci ele ligado enquanto digitava este artigo.