No final do ano passado, eu fiz um artigo comentando o que eu acreditava ser o futuro do desktop. Neste texto eu comentei sobre a possibilidade de um ambiente tridimensional para navegação (assim como em um jogo virtual). Chega de interface plana. Seria algo mais vivo e, possivelmente, intuitivo. Não foi um “momento Mãe Dináh” nem muito menos uma analise ultra fundamentada como o de Jean-Paul Jacob, eu apenas fiz algumas observações pertinentes de alguns itens.

Um dia desses vejo a seguinte notícia: Em 2014, haverá 40 milhões de telas 3D no mercado. O desenvolvimento desta tecnologia já está bem avançado (bem mais do que imaginava). Como bem comentado na notícia, filmes e jogos já estão sendo produzidos focados na aplicação deste tipo de projeção. Como a aceitação deste tipo de tecnologia parece ser natural, o crescimento no setor pode ser bem significante.

Alguns estão muito otimistas, como é o caso de Yannis Mallat, chefe da Ubisoft Montreal. Ele disse para o Financial Post: “3D é para as imagens o que o Dolby Stereo foi para o som... ninguém quer voltar para o mono”. Se isso realmente se concretizar como uma mudança de paradigma de mercado, teremos reflexo na área da informática.

Com a adoção do formato nos monitores de computadores e notebooks, seria simplesmente ridículo ter uma área de trabalho com representação em duas dimensões apenas. Seria como ir em um jardim zoológico e ficar vendo os animais através de retratos. O usuário vai querer ter uma melhor sensação de imersão. Isso vem confirmar minha postagem passada.
Claro que seria bem mais interessante se fosse implementado o sistema de holografia... Não! Não estou falando sobre aquele efeito “Chapolin” do Fantástico. Uma holografia real. De preferência, como aquele protótipo japonês de holografia tocável.

Independente da forma de implementação, a adoção da técnica 3D nas aplicações comuns de entretenimento parece que realmente chegou para ficar. Com isso o setor de tecnologia vai aquecer. Novos equipamentos deverão ser produzidos para suprir a demanda. Novas experiências de interação. O futuro pode não ter carros voadores mas... quem liga pra isso?