No ano passado, eu já tinha feito um post analisando o envolvimento dos candidatos a presidência da república com as mídias sociais. Se na época os políticos não estavam bem preparados, agora as coisas melhoraram um pouco. Sim, porém, tem muita coisa sendo feita errada ainda.

Nesta segunda-feira, o blog do Alex Primo exibiu o ótimo trabalho de monografia de Carolina Janovik. Até o momento, apenas a análise sobre a campanha da Dilma Rousseff tinha ido ao ar. Vale a pena dar uma lida no artigo. Com tantos erros estratégicos, não é de estranhar a afirmação dada ontem, no blog da Dilma, que a principal ferramenta de divulgação ainda será a televisão.

O que me motivou a escrever esta postagem foi outro motivo. Segundo o blog da Marina Silva, no dia de hoje (20/07/2010) está programado um “twitaço” (um nome horrível para Flash Mob no Twitter) com objetivo de promover a campanha da candidata acreana. A hashtag #euvotomarina, teoricamente, permitirá aos seus eleitores externarem a razão pela escolha de Marina.

No momento em que estou escrevendo este texto (02:00), dez horas antes do inicio da ação, já é possível acompanhar um grande movimento no Search Twitter com esta expressão. Será uma previsão de um grande sucesso da ação? Na verdade não.

O grande número de twitts replicados, mensagens sem sentido e perfis zumbis (criados por script) só deixam claro uma coisa: está tudo errado! Ainda por cima o texto informativo do blog da candidata, diz que um dos objetivos é “fazer barulho”...

Aliás, a maluquice não fica restrita aos devotos fantasmas do Partido Verde. Veja este exemplo: o perfil @Da20Andeiro, que incansavelmente “grita” as mesmas frases de revolta sobre a atual situação (no nível daquela música da cantora Gil), repassará todo o seu apoio seus únicos 4 seguidores. Sendo que, um dos perfis alvos desta chuva de mensagem possui o Nick @querodilma13. Sim, ligado ao partido do governo.

É triste ver tamanha falta de preparação pelo comitê de campanha dos candidatos presidenciáveis. Considerando a verba anunciada, eu esperava um preparo maior. Ouvindo e incorporando idéias. Tomando cuidado sobre o que é dito. Usando outras formas didáticas para explicar seus planos de ação. Enfim, uma campanha inteligente, para eleitores inteligentes. Não para zumbis.